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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Amor incompreendido



Carrego-te no negrume da escuridão

Lado oculto da vida em que te não via

Seguro o grito no silêncio, em vão

Rogo por esta luz pálida que nos guia

 

Que lassidão é esta que me corrói

A alma ímpia, descrente

Que me condena a vilão ou herói

Ou apenas a um ser aparentado a gente

 

Lanço um olhar duvidoso à paisagem nua

Que é esboço não desenhado

É rabisco sobre uma tela crua

És tu, meu amor, do outro lado

 

Chamas-me e não te ouço

Convocas-me e não compareço

Permaneço neste calabouço

Indeciso, e ainda assim não esmoreço

 

E neste impasse me quedo

Impedido de desfrutar esta vida

Solto vocábulos que pretendem ser um berro

Rasgo as vestes pela alma cindida

 

Resisto e não desisto, até à última consequência

Por um amor incessantemente incompreendido

Que perdura e resiste com eloquência

Epílogo da querença que se faz correspondido

 

Rui Ferreira

Penafiel

Amor incompreendido

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Carrego-te no negrume da escuridão

Lado oculto da vida em que te não via

Seguro o grito no silêncio, em vão

Rogo por esta luz pálida que nos guia

 

Que lassidão é esta que me corrói

A alma ímpia, descrente

Que me condena a vilão ou herói

Ou apenas a um ser aparentado a gente

 

Lanço um olhar duvidoso à paisagem nua

Que é esboço não desenhado

É rabisco sobre uma tela crua

És tu, meu amor, do outro lado

 

Chamas-me e não te ouço

Convocas-me e não compareço

Permaneço neste calabouço

Indeciso, e ainda assim não esmoreço

 

E neste impasse me quedo

Impedido de desfrutar esta vida

Solto vocábulos que pretendem ser um berro

Rasgo as vestes pela alma cindida

 

Resisto e não desisto, até à última consequência

Por um amor incessantemente incompreendido

Que perdura e resiste com eloquência

Epílogo da querença que se faz correspondido

 

Rui Ferreira

Penafiel

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

Aos amigos que partem

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Gentil amigo meu que partes sem despedidas

Fugindo de uma abreviada amizade cerceada sem razão

Das memórias intensas e das recordações transcendidas

Daquele curto espaço de tempo em que o corpo era são

 

O desassossego em que me deixaste nestes dias

Em prantos de lágrimas exageradas de esperança perdida

Acontece sob o feitiço de magos aprendizes de almas sadias

A que sobrevivo sem fulgor nesta desesperança brandida

 

Sadia era a amizade, fortalecida por laços inquebrantáveis

Assim julgados pela carne, fraca, que amiúde nos trai

E nos desperta para a cadência dos ponteiros instáveis

Do relógio da vida, criador de ilusões, que nos distrai

 

Gentil amigo meu que partes e deixas este vazio imenso

Impossível de preencher com palavras incontidas

De angústia e de dor que não apagam o tempo

Transformadas em pensamentos ocultos e lágrimas vertidas

 

Ainda que não faltem, mas também não sobrem

Momentos efémeros de uma amizade contida

Relembro já com saudade a rectidão do homem

Que em ti habitava e se afirmava na plenitude da vida

 

Tivesse eu o condão da atribuição do tempo e da vida

E jamais, jamais, um segundo em vão seria perdido

Em quezílias fúteis e comezinhas, sem qualquer razão envolvida

E no entanto, assim, só, me deixas, incrédulo e aturdido

 

Rui Ferreira

Penafiel

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

Aos amigos que partem



Gentil amigo meu que partes sem despedidas

Fugindo de uma abreviada amizade cerceada sem razão

Das memórias intensas e das recordações transcendidas

Daquele curto espaço de tempo em que o corpo era são

 

O desassossego em que me deixaste nestes dias

Em prantos de lágrimas exageradas de esperança perdida

Acontece sob o feitiço de magos aprendizes de almas sadias

A que sobrevivo sem fulgor nesta desesperança brandida

 

Sadia era a amizade, fortalecida por laços inquebrantáveis

Assim julgados pela carne, fraca, que amiúde nos trai

E nos desperta para a cadência dos ponteiros instáveis

Do relógio da vida, criador de ilusões, que nos distrai

 

Gentil amigo meu que partes e deixas este vazio imenso

Impossível de preencher com palavras incontidas

De angústia e de dor que não apagam o tempo

Transformadas em pensamentos ocultos e lágrimas vertidas

 

Ainda que não faltem, mas também não sobrem

Momentos efémeros de uma amizade contida

Relembro já com saudade a rectidão do homem

Que em ti habitava e se afirmava na plenitude da vida

 

Tivesse eu o condão da atribuição do tempo e da vida

E jamais, jamais, um segundo em vão seria perdido

Em quezílias fúteis e comezinhas, sem qualquer razãoenvolvida

E no entanto, assim, só, me deixas, incrédulo e aturdido


Rui Ferreira

Penafiel

Feira do Livro de Lisboa 2021

A 91.ª edição da Feira do Livro de Lisboa decorrerá no Parque Eduardo VII, em Lisboa, de 26 de agosto (quinta-feira) a 12 de setembro de 2021 (domingo) e "A vida numa cicatriz" será o livro do dia, a 02 de Setembro, no stand da Cordel D`Prata.

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A defesa do ambiente continua na ordem do dia

 76-dos-portugueses-preocupados-com-ambiente-e-alte

As alterações climáticas estão, isto é, continuam, na ordem do dia. Há décadas que assim é. Nada de novo, portanto.

Durantes anos, numa época em que falar de alterações climáticas era considerado radicalismo ideológico e devaneios de uma geração rasca, lutei com convicção pela defesa dos ideais do ambiente, defendendo a necessidade urgente de se estabelecer um equilíbrio, na relação precária entre o desenvolvimento e o respeito pelo planeta.

Naquela altura, há 29 anos atrás, o tema da defesa do ambiente era ainda algo novo e exótico, que aos olhos de muita gente, vinha colocar em causa o “modus vivendi” estabelecido e universalmente aceite.

Assumi bandeiras incómodas e complexas para a época, encontrei oponentes onde não esperava, assim como encontrei aliados inesperados.  A mentalidade dominante não estava, nem um pouco mais ou menos, sensibilizada para a defesa do ambiente e resistia com dureza às tentativas de mudança de paradigma. A nível nacional travavam-se combates ideológicos e os partidos políticos procuravam arrebanhar os movimentos emergentes para a sua esfera de influência, tentando com isso capturar e amordaçar aqueles que se levantavam contra o estado da situação.

A nível local também se passou um pouco isso, embora à sua escala e dimensão. De nada adiantou, pelo contrário, apenas me deu mais força para continuar, apesar da dimensão dos oponentes que tinha pela frente.

Estava acompanhado nesta demanda por amigos de grande valia, que em momento algum vacilaram e juntos demos o peito às balas e levamos a nossa missão a bom porto.

Colocamos na ordem do dia, a necessidade urgente de tratar os resíduos sólidos urbanos, da reciclagem e das alterações climáticas. Levamos a discussão até às escolas primárias de todo o concelho de Penafiel e a algumas outras nos concelhos vizinhos, onde promovemos inúmeras iniciativas de sensibilização e aprendizagem ambiental, às quais se juntaram a autarquia e em especial muitos dos docentes daqueles estabelecimentos de ensino.

Nessa época, tal como hoje, defendo que é nas escolas do ensino primário e pré-primário que devem ser lançados os pilares da defesa do ambiente, e os bons resultados obtidos nesse tempo, reforçam esta minha convicção.

A defesa do ambiente continua na ordem do dia

76-dos-portugueses-preocupados-com-ambiente-e-alte

As alterações climáticas estão, isto é, continuam, na ordem do dia. Há décadas que assim é. Nada de novo, portanto.

Durantes anos, numa época em que falar de alterações climáticas era considerado radicalismo ideológico e devaneios de uma geração rasca, lutei com convicção pela defesa dos ideais do ambiente, defendendo a necessidade urgente de se estabelecer um equilíbrio, na relação precária entre o desenvolvimento e o respeito pelo planeta.

Naquela altura, há 29 anos atrás, o tema da defesa do ambiente era ainda algo novo e exótico, que aos olhos de muita gente, vinha colocar em causa o “modus vivendi” estabelecido e universalmente aceite.

Assumi bandeiras incómodas e complexas para a época, encontrei oponentes onde não esperava, assim como encontrei aliados inesperados.  A mentalidade dominante não estava, nem um pouco mais ou menos, sensibilizada para a defesa do ambiente e resistia com dureza às tentativas de mudança de paradigma. A nível nacional travavam-se combates ideológicos e os partidos políticos procuravam arrebanhar os movimentos emergentes para a sua esfera de influência, tentando com isso capturar e amordaçar aqueles que se levantavam contra o estado da situação.

A nível local também se passou um pouco isso, embora à sua escala e dimensão. De nada adiantou, pelo contrário, apenas me deu mais força para continuar, apesar da dimensão dos oponentes que tinha pela frente.

Estava acompanhado nesta demanda por amigos de grande valia, que em momento algum vacilaram e juntos demos o peito às balas e levamos a nossa missão a bom porto.

Colocamos na ordem do dia, a necessidade urgente de tratar os resíduos sólidos urbanos, da reciclagem e das alterações climáticas. Levamos a discussão até às escolas primárias de todo o concelho de Penafiel e a algumas outras nos concelhos vizinhos, onde promovemos inúmeras iniciativas de sensibilização e aprendizagem ambiental, às quais se juntaram a autarquia e em especial muitos dos docentes daqueles estabelecimentos de ensino.

Nessa época, tal como hoje, defendo que é nas escolas do ensino primário e pré-primário que devem ser lançados os pilares da defesa do ambiente, e os bons resultados obtidos nesse tempo, reforçam esta minha convicção.

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

O início de uma aventura literária (12 meses depois)

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Há precisamente um ano atrás (10 de Agosto de 2020), tornava pública a obra que acabava de editar, “A vida numa cicatriz”, publicada sob a chancela da editora Cordel D` Prata.

Foi um momento agridoce, de sensações cruzadas. Se por um lado a felicidade se impunha naturalmente, por outro crescia um temor que me atormentava desde o início desta aventura.

Desde o envio para as editoras ao recebimento do veredicto destas, felizmente positivo de entre as que me responderam, ao processo de escolha da editora certa, à publicação, tudo foi difícil de aceitar, até porque implicava abdicar da minha privacidade e tornar pública uma parte de mim que escondia havia anos.

Foi pois, um processo difícil, conturbado, intimamente tumultuoso, repleto de hesitações, de avanços e recuos, só tornado público quando a Cordel D` Prata a anunciou publicamente como nomeada nas Categorias Escolha do Leitor 2020 e Romance 2020. Senti nesse momento um nó no estomago e um aperto no coração, porque percebi que não conseguia manter o segredo por mais tempo.

Segredo esse que durava há mais de 4 anos, pois era esse o tempo que já havia decorrido desde que tinha terminado de a escrever e carinhosamente a tinha guardado numa pasta oculta do meu computador pessoal.

Olhando para trás, senti que cometi erros de principiante, que seguramente não cometeria se este fosse um segundo ou terceiro livro, pois a experiência assim dita.

Não teria deixado de prestar toda a atenção à correcção proposta. Não teria lido “na oblíqua” o texto final, tê-lo-ia lido exaustivamente, teria proposto novas correcções e teria eliminado algumas imprecisões e gralhas que permaneceram.

A minha “resistência” a todo o processo de publicação, sempre em contradição comigo mesmo, digladiando-se o consciente e o subconsciente num clima de guerrilha interior que me consumia dia após dia, forçou-me a cometer erros que apenas a mim podem ser atribuídos e que inevitavelmente se reflectiam na qualidade da obra apresentada. Daí que o momento do anúncio público, foi igualmente um momento de libertação, mas que novamente trouxe um novo e inédito desafio, o de enfrentar os leitores e lidar com as suas críticas. Paralelamente acontecia um desafio maior, o de estar nomeada para a atribuição de prémios e logo na primeira obra escrita.

117373872_3250199665043773_5987976504907749588_o.j

Procurei informação acerca dos meus oponentes na categoria Romance 2020 e fiquei aterrado. Senti-me a lebre que corre velozmente no início do percurso apenas com o intuito de proporcionar aos restantes uma corrida ao mais alto nível para se coroarem de glória no final.

O Diogo Simões tinha vencido no ano anterior, na categoria Suspense, com a obra “Esquecido”. A Ana Salgueiro tem uma legião de leitores a segui-la nas redes sociais e a Lauren Lewis surgia com um segundo livro escrito. Tudo se alinhava para que de entre estes três, saísse o vencedor. 

Confesso que me senti derrotado pelo peso da informação obtida, mas levantei a cabeça e enfrentei o desafio com determinação. Só via uma solução para um, altamente improvável, final feliz. Convencer os meus amigos a participar ativamente na votação e esperar pelos resultados finais.

E esse é um novo capítulo desta aventura literária.

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

 

O início de uma aventura literária (12 meses depois)

 

117092273_3247143762016030_1950516654213412181_o.jHá precisamente um ano atrás (10 de Agosto de 2020), tornava pública a obra que acabava de editar, “A vida numa cicatriz”, publicada sob a chancela da editora Cordel D` Prata.

Foi um momento agridoce, de sensações cruzadas. Se por um lado a felicidade se impunha naturalmente, por outro crescia um temor que me atormentava desde o início desta aventura.

Desde o envio para as editoras ao recebimento do veredicto destas, felizmente positivo de entre as que me responderam, ao processo de escolha da editora certa, à publicação, tudo foi difícil de aceitar, até porque implicava abdicar da minha privacidade e tornar pública uma parte de mim que escondia havia anos.

Foi pois, um processo difícil, conturbado, intimamente tumultuoso, repleto de hesitações, de avanços e recuos, só tornado público quando a Cordel D` Prata a anunciou publicamente como nomeada nas Categorias Escolha do Leitor 2020 e Romance 2020. Senti nesse momento um nó no estomago e um aperto no coração, porque percebi que não conseguia manter o segredo por mais tempo.

Segredo esse que durava há mais de 4 anos, pois era esse o tempo que já havia decorrido desde que tinha terminado de a escrever e carinhosamente a tinha guardado numa pasta oculta do meu computador pessoal.

Olhando para trás, senti que cometi erros de principiante, que seguramente não cometeria se este fosse um segundo ou terceiro livro, pois a experiência assim dita.

Não teria deixado de prestar toda a atenção à correcção proposta. Não teria lido “na oblíqua” o texto final, tê-lo-ia lido exaustivamente, teria proposto novas correcções e teria eliminado algumas imprecisões e gralhas que permaneceram.

A minha “resistência” a todo o processo de publicação, sempre em contradição comigo mesmo, digladiando-se o consciente e o subconsciente num clima de guerrilha interior que me consumia dia após dia, forçaram-me a cometer erros que apenas a mim podem ser atribuídos e que inevitavelmente se reflectiam na qualidade da obra apresentada. Daí que o momento do anúncio público, foi igualmente um momento de libertação, mas que novamente trouxe um novo e inédito desafio, o de enfrentar os leitores e lidar com as suas críticas. Paralelamente acontecia um desafio maior, o de estar nomeada para a atribuição de prémios e logo na primeira obra escrita.

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Procurei informação acerca dos meus oponentes na categoria Romance 2020 e fiquei aterrado. Senti-me a lebre que corre velozmente no início do percurso apenas com o intuito de proporcionar aos restantes uma corrida ao mais alto nível para se coroarem de glória no final.

O Diogo Simões tinha vencido no ano anterior, na categoria Suspense, com a obra “Esquecido”. A Ana Salgueiro tem uma legião de leitores a segui-la nas redes sociais e a Lauren Lewis surgia com um segundo livro escrito. Tudo se alinhava para que de entre estes três, saísse o vencedor. 

Confesso que me senti derrotado pelo peso da informação obtida, mas levantei a cabeça e enfrentei o desafio com determinação. Só via uma solução para um, altamente improvável, final feliz. Convencer os meus amigos a participar ativamente na votação e esperar pelos resultados finais.

E esse é um novo capítulo desta aventura literária.

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