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Rui Ferreira Autor

"Os livros são, simultaneamente, o resultado da transpiração do cérebro e o perfume do intelecto humano." RF

Rui Ferreira Autor

"Os livros são, simultaneamente, o resultado da transpiração do cérebro e o perfume do intelecto humano." RF

Crítica literária da Oficina da Escrita

Confira aqui a crítica literária produzida pela Oficina da Escrita a "A vida numa cicatriz".

 

A Vida Numa Cicatriz, de Rui Ferreira

 
 

A Vida Numa Cicatriz é um livro do autor português, Rui Ferreira.

 

Nesta obra, o autor apresenta-nos uma narrativa rica, quer pela informação e pesquisa que denota quer pela história que nos conquista a cada página.

Neste romance conhecemos o desespero e as incertezas daqueles que se viram envolvidos na teia louca das guerras coloniais.

Com fantásticas descrições dos lugares que nos apresenta, o autor conquista o leitor pela capacidade que tem de nos transportar para os espaços onde decorre a ação e nos fazer viver a sua história.

As suas personagens incrivelmente bem caracterizadas, com personalidades vincadas, fazem o leitor criar por elas empatia e apreciá-las, tornando a leitura agradável e verdadeiramente íntima.

A sua linguagem límpida e despretensiosa proporciona um bom momento de leitura, acessível a todas as idades.

Um livro que todos deveriam ler, sem exceção. Fazemos votos de que o autor nos presenteie brevemente com mais histórias profundas e intensas como é A Vida Numa Cicatriz.

 
 

COMPRAR LIVRO

 

https://www.oficinadaescrita.com/post/a-vida-numa-cicatriz-de-rui-ferreira?fbclid=IwAR2MtvdJJrJ73nFwx2AJ0nJCR8haXlvvG1FtaI0XAzkkUkVMBtp22AexIHM

Crítica literária da Oficina da Escrita

Confira aqui a crítica literária produzida pela Oficina da Escrita a "A vida numa cicatriz".
 

A Vida Numa Cicatriz, de Rui Ferreira

 
 

A Vida Numa Cicatriz é um livro do autor português, Rui Ferreira.

 

Nesta obra, o autor apresenta-nos uma narrativa rica, quer pela informação e pesquisa que denota quer pela história que nos conquista a cada página.

Neste romance conhecemos o desespero e as incertezas daqueles que se viram envolvidos na teia louca das guerras coloniais.

Com fantásticas descrições dos lugares que nos apresenta, o autor conquista o leitor pela capacidade que tem de nos transportar para os espaços onde decorre a ação e nos fazer viver a sua história.

As suas personagens incrivelmente bem caracterizadas, com personalidades vincadas, fazem o leitor criar por elas empatia e apreciá-las, tornando a leitura agradável e verdadeiramente íntima.

A sua linguagem límpida e despretensiosa proporciona um bom momento de leitura, acessível a todas as idades.

Um livro que todos deveriam ler, sem exceção. Fazemos votos de que o autor nos presenteie brevemente com mais histórias profundas e intensas como é A Vida Numa Cicatriz.

 
 

COMPRAR LIVRO

 

https://www.oficinadaescrita.com/post/a-vida-numa-cicatriz-de-rui-ferreira?fbclid=IwAR2MtvdJJrJ73nFwx2AJ0nJCR8haXlvvG1FtaI0XAzkkUkVMBtp22AexIHM

 
 
 
 

O meu direito à indignação

 

portugal-e-lisboa (1).jpg

 

Neste pequeno país à beira-mar plantado, onde frequentemente se exalta o culto da banalidade, em que a meritocracia foi deposta pelo “Culambismo” e onde os especialistas são substituídos pelos “Tudólogos”, o centralismo patético e bacoco encontrou o berço perfeito para se embalar e fazer embalar todo um país, anestesiado e amorfo.

Este país faz-me lembrar um velho decrépito, anafado, com uma barriga proeminente e o umbigo saliente e é esse mesmo umbigo o centro do seu corpo disforme, que de tão pesado se inclina invariavelmente para a frente, tantas são as vezes que o contempla.

Apesar de já poucas coisas me surpreenderem, não consegui deixar de ficar indignado com esta nova pérola, exemplo desse centralismo parolo exacerbado, que foi a justificação da decisão para manter o Tribunal Constitucional em Lisboa.

Os doutos e honoráveis juízes conselheiros consideram (à honrosa excepção de três dos treze que compõem o TC), lá do alto da sua incomensurável sapiência, que a transferência do TC teria "carga simbólica negativa", "degradando a perceção pública da autoridade, autonomia e relevância do órgão", chegando a assinalar que tal facto seria “um grave desprestigio” para a instituição.

Isto equivaleria a dizer, digo eu, que deveríamos desmantelar e mudar para Lisboa o castelo de Guimarães, berço da nação, uma vez que, estando onde está, desprestigia os nossos fundadores. A não ser que não sejam dignos de tal honra, afinal D. Afonso Henriques renegou e combateu a sua própria mãe. Será?

Aliás, melhor seria que se reescrevesse toda a história e se circunscrevesse o país à Capital, criando uma cidade estado, entregando o restante aos nossos vizinhos espanhóis, ou então, melhor ainda, teríamos um novo país, com a geografia restante.

Afinal, o resto do país parece não ser digno de receber uma instituição de um órgão de soberania. Talvez seja pela geografia acidentada, pelo clima agreste, pela falta de acesso aos meios de comunicação e às novas tecnologias, eu sei lá, até parece que nós só temos acesso ao mundo global quando vamos à capital.

Depois do célebre e inenarrável caso da transferência do Infarmed para o Porto, somos novamente brindados com mais esta preciosidade da linha de pensamento dominante nos corredores dos órgãos de soberania nacionais.

Esta “variante” de pensamento que é super resistente e altamente contagiosa, parece contudo ter um handicap, está praticamente circunscrita a esses corredores de poder. Falta-nos encontrar a vacina ou o antídoto certo para a erradicar.

Quando ousarem falar em coesão do território, tema tão querido aos políticos da Capital, nomeadamente quando visitam o território para além da Capital (sim, porque existe vida para além dela), lembrem-se destes ignóbeis atos e mantenham a boca fechada. É melhor assim, o povo agradece.

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

O meu direito à indignação

portugal-e-lisboa (1).jpg

 

Neste pequeno país à beira-mar plantado, onde frequentemente se exalta o culto da banalidade, em que a meritocracia foi deposta pelo “Culambismo” e onde os especialistas são substituídos pelos “Tudólogos”, o centralismo patético e bacoco encontrou o berço perfeito para se embalar e fazer embalar todo um país, anestesiado e amorfo.

Este país faz-me lembrar um velho decrépito, anafado, com uma barriga proeminente e o umbigo saliente e é esse mesmo umbigo o centro do seu corpo disforme, que de tão pesado se inclina invariavelmente para a frente, tantas são as vezes que o contempla e admira.

Apesar de já poucas coisas me surpreenderem, não consegui deixar de ficar indignado com esta nova pérola, exemplo desse centralismo parolo exacerbado, que foi a justificação da decisão para manter o Tribunal Constitucional em Lisboa.

Os doutos e honoráveis juízes conselheiros consideram (à honrosa excepção de três dos treze que compõem o TC), lá do alto da sua incomensurável sapiência, que a transferência do TC teria "carga simbólica negativa", "degradando a perceção pública da autoridade, autonomia e relevância do órgão", chegando a assinalar que tal facto seria “um grave desprestigio” para a instituição.

Isto equivaleria a dizer, digo eu, que deveríamos desmantelar e mudar para a Capital o castelo de Guimarães, berço da nação, uma vez que, estando onde está, desprestigia os nossos fundadores. A não ser que não sejam dignos de tal honra, afinal D. Afonso Henriques renegou e combateu a sua própria mãe. Será?

Aliás, melhor seria que se reescrevesse toda a história e se circunscrevesse o país à Capital, criando uma cidade estado, entregando o restante aos nossos vizinhos espanhóis, ou então, melhor ainda, teríamos um novo país com a geografia restante.

Afinal, o resto do país parece não ser digno de receber uma instituição de um órgão de soberania. Talvez seja pela geografia acidentada, pelo clima agreste, pela falta de acesso aos meios de comunicação e às novas tecnologias, eu sei lá, até parece que nós só temos acesso ao mundo global quando vamos à capital.

Depois do célebre e inenarrável caso da transferência do Infarmed para o Porto, somos novamente brindados com mais esta preciosidade da linha de pensamento dominante nos corredores dos órgãos de soberania nacionais.

Esta “variante” de pensamento que é super resistente e altamente contagiosa, parece contudo ter um handicap, está praticamente circunscrita a esses corredores de poder. Falta-nos encontrar a vacina ou o antídoto certo para a erradicar.

Quando ousarem falar em coesão do território, tema tão querido aos políticos da Capital, nomeadamente quando visitam o território para além da Capital (sim, porque existe vida para além dela), lembrem-se destes ignóbeis atos e mantenham a boca fechada. É melhor assim, o povo agradece.

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

Sinto-te falta



As ausências a que me obrigas

Marcadas por esse teu triste olhar

São sombras envergonhadas de intrigas

A que me sujeito sem me preocupar

 

Refugio-me nesse teu olhar penetrante

Escondo-me em mim da tua presença

Perco-me neste caminho errante

Que percorro em constante descrença

 

A felicidade é uma quimera

É efémero sentimento cantado

Por poetas desta e de outra era

Em canção e em verso rimado

 

O amor, esse sentimento tão nobre

Brota de qualquer coração enamorado

Seja rico ou seja pobre

É assim a vida de um apaixonado

 

Nas ausências insisto em ficar

Ao teu lado ainda que te perca

Perdido na imensidão do teu olhar

Refugiado no coração que se aperta

 

Encontro-te finalmente entre a imensidão

Dos meus sonhos e pesadelos urdidos

Tornas-te o meu rochedo, o meu bastião

Senhora de destinos incompreendidos

 

Rendo-me nesta destemida covardia

De declarar este amor que me assalta

Que cresce nesta alma deserta, bravia

E ainda que te tenha, sinto-te falta.

 

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

Sinto-te falta

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As ausências a que me obrigas

Marcadas por esse teu triste olhar

São sombras envergonhadas de intrigas

A que me sujeito sem me preocupar

 

Refugio-me nesse teu olhar penetrante

Escondo-me em mim da tua presença

Perco-me neste caminho errante

Que percorro em constante descrença

 

A felicidade é uma quimera

É efémero sentimento cantado

Por poetas desta e de outra era

Em canção e em verso rimado

 

O amor, esse sentimento tão nobre

Brota de qualquer coração enamorado

Seja rico ou seja pobre

É assim a vida de um apaixonado

 

Nas ausências insisto em ficar

Ao teu lado ainda que te perca

Perdido na imensidão do teu olhar

Refugiado no coração que se aperta

 

Encontro-te finalmente entre a imensidão

Dos meus sonhos e pesadelos urdidos

Tornas-te o meu rochedo, o meu bastião

Senhora de destinos incompreendidos

 

Rendo-me nesta destemida covardia

De declarar este amor que me assalta

Que cresce nesta alma deserta, bravia

E ainda que te tenha, sinto-te falta.

 

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais