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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Texto do dia VII

30.06.24 | RF

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Nesta vida onde os espelhos se tornaram mais consultados que os livros, a sociedade desfila numa passarela de efemeridades. A profundidade é ofuscada pelo brilho superficial de um "Gosto", e a sabedoria antiga é trocada por tutoriais de cinco minutos. 
Nesta feira de vaidades, o conteúdo genuíno é substituído por filtros que distorcem a realidade, criando um palco onde todos são atores, mas poucos reconhecem o teatro. Valoriza-se o que é volátil, e a procura incessante pelo extraordinário torna o ordinário desvalorizado. 
Tenta-se normalizar o anormal, aplaudindo-se o extravagante enquanto o essencial é relegado ao esquecimento. 
A sociedade, embriagada pelo consumo desenfreado, esquece que as coisas mais valiosas não têm etiqueta de preço e que, no fim, o que realmente importa não pode ser comprado ou vendido. 
 
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Imagem gerada por IA 

Texto do dia VI

28.06.24 | RF

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A vida é um sopro, um breve intervalo entre o nascer e o partir. Como o sol que se esconde atrás das montanhas ao entardecer, a nossa existência também se esvai rapidamente. Mas, em vez de lamentar essa fugacidade, devemos abraçá-la com coragem e paixão.
Não é a quantidade de anos que importa, mas sim a qualidade dos momentos vividos. Assim como um rio que flui inexoravelmente para o mar, devemos seguir o nosso curso com determinação e propósito.
Desamarremos as âncoras que nos prendem: o medo, a rotina, as preocupações fúteis.
Afinal, a brevidade da vida ensina-nos que o tempo é o nosso bem mais precioso.
 
 
 
 
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Texto do dia V

26.06.24 | RF

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Na penumbra do comodismo, existem aqueles que se deleitam na inércia, cujas mãos permanecem limpas não por virtude, mas por omissão. São mestres da retórica, doutores da crítica, sempre prontos a apontar o dedo, mas nunca a estendê-lo para ajudar.
As suas palavras voam como folhas ao vento, muitas e vazias, desprovidas de substância ou ação. Enquanto isso, os verdadeiros artífices do progresso sujam as mãos na argila da realidade, moldando com esforço e suor o futuro que os outros apenas ousam comentar. 
No fim, as palavras dissipam-se como névoa ao sol, e o que resta são as obras daqueles que fizeram mais do que falar; fizeram acontecer.
 
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Texto do dia IV

24.06.24 | RF

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Da vida, aprendi que não esperar nada de ninguém é uma forma de liberdade. Quando nos desprendemos de anseios e expectativas, abrimos espaço para a serenidade. Não há desilusões, uma vez que não depositamos sonhos nas mãos alheias. Não há traições, pois não confiamos cegamente em promessas vazias.
A paz reside na aceitação desse princípio. Não esperar que o outro compreenda os nossos silêncios, que decifre os nossos olhares ou que nos salve das nossas próprias tormentas. Somos responsáveis pela nossa jornada, e ao não esperar, encontramos a verdadeira tranquilidade.
Assim, seguimos em frente, sem amarras, sem ilusões. Apenas nós mesmos, com a leveza de quem não espera, mas vive plenamente cada instante. 
 
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Texto do dia III

23.06.24 | RF

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O racismo, como uma sombra que se esgueira pelas frestas da sociedade, muitas vezes passa despercebido, oculto nos detalhes mais subtis do quotidiano. Manifesta-se no olhar que se desvia, na piada que se disfarça de inocência, nas oportunidades que são subtilmente negadas. É o preconceito que não grita, mas sussurra, que não se declara, mas insinua.
Nas entrelinhas de um comentário, na escolha de uma palavra, no silêncio cúmplice de quem observa, o racismo insidioso, ainda que invisível, ocupa e preenche o seu espaço. Ele veste-se de normalidade, esconde-se atrás de sorrisos e de gestos aparentemente inofensivos. Mas para aqueles que sentem o seu peso, ele é tão real como as correntes que outrora aprisionaram corpos, e que agora procuram aprisionar dignidades.
Combater esse racismo exige mais do que um olhar atento; requer uma consciência desperta, uma disposição para reconhecer e desafiar as pequenas grandes injustiças que, dia após dia, tentam passar por "normais".
 
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Texto do dia II

21.06.24 | RF

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Focar no essencial é como cultivar um jardim; é necessário remover as ervas daninhas do desnecessário para que as flores do que é verdadeiramente valioso possam florescer. É um exercício de discernimento, onde cada escolha é um passo em direção à essência da nossa existência.
Deixar de valorizar o que é secundário não significa ignorar os detalhes que compõem o todo, mas antes reconhecer que nem todos merecem o mesmo peso  na nossa balança interna.
Valorizar o momento é abraçar a impermanência, é entender que cada segundo é uma tela em branco. É a arte de estar presente, de se entregar ao instante sem a preocupação de tentar segurar o tempo nas nossas mãos.
É no agora que a vida acontece, e é aqui que encontramos a verdadeira riqueza da existência.

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