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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Valorizar quem acrescenta, quem faz a diferença

31.08.24 | RF

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É interessante como muitas vezes nos deixamos seduzir pelas luzes cintilantes do mundo das celebridades. Admiramos pessoas famosas, como cantores, atores, desportistas e líderes políticos, mesmo quando a sua contribuição real para a humanidade é questionável. Esses "ídolos" ocupam os nossos feeds de notícias, revistas e programas de televisão, enquanto aqueles que realmente fazem a diferença nas nossas vidas permanecem nas sombras.
 
Os médicos, por exemplo, trabalham incansavelmente para salvar vidas, enfrentando longas horas de trabalho, exaustão e desafios diários. Inventores dedicam anos de pesquisa e experimentação para criar tecnologias que transformam a nossa vida. Professores moldam mentes jovens, inspirando-as a sonhar e a alcançar os seus objetivos. No entanto, raramente os admiramos com a mesma intensidade.
 
Qual o motivo? Talvez seja porque as celebridades representam uma fuga da nossa rotina, um mundo de glamour e fantasia. Elas proporcionam-nos entretenimento e escapismo, mas raramente nos ajudam a crescer ou a melhorar como seres humanos. Enquanto isso, os médicos, inventores e professores estão ocupados a salvar vidas, a melhorar a sociedade e a moldar o futuro.
 
Talvez seja hora de reavaliarmos as nossas prioridades, olhar além das manchetes sensacionalistas e reconhecer aqueles que realmente agregam valor à nossa vida. Vamos admirar não apenas os famosos, mas também os heróis anónimos que trabalham incansavelmente para tornar o mundo um lugar melhor.

As voltas que a vida dá

29.08.24 | RF

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A vida é como um livro cheio de capítulos inesperados. Cada página virada pode trazer uma nova aventura, um desafio ou uma lição. Quando menos esperamos, somos surpreendidos por acontecimentos que nos obrigam a parar e refletir.

Há momentos em que tudo parece estar no devido lugar, e sentimos que finalmente encontramos o nosso ritmo. Mas, de repente, uma reviravolta faz-nos questionar tudo. É como se estivéssemos a surfar uma onda perfeita, apenas para sermos derrubados por outra ainda maior. Nesses instantes, percebemos que a estabilidade é uma ilusão e que a mudança é a única constante.

É nesses momentos de incerteza que percebemos a fragilidade das nossas certezas. A vida prega-nos partidas, força-nos a repensar as nossas escolhas e a maneira como vivemos. Cada instante torna-se precioso, cada decisão, crucial. Viver com intensidade significa abraçar cada momento, sabendo que o amanhã é incerto. É valorizar as pequenas alegrias, os encontros inesperados e as oportunidades que surgem. Porque, no fim, é a nossa capacidade de nos adaptarmos e de encontrarmos força nas adversidades que define quem somos.

Portanto, navegamos pelas águas turbulentas da existência, aprendendo a valorizar cada momento, a abraçar cada desafio e a encontrar beleza até nas tempestades. Afinal, é na imprevisibilidade da vida que reside a sua verdadeira magia.

Carpe diem

Feira do Livro do Porto

27.08.24 | RF

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No dia 25 de agosto, participei na Feira do Livro do Porto, onde tive a honra de estar presente numa sessão de autógrafos. O evento foi emocionante e encorajador, com a presença de vários leitores que vieram partilhar o seu carinho e entusiasmo pelo meu livro. As pessoas que procuravam um autógrafo eram um testemunho vivo do impacto que as palavras podem ter na vida das pessoas.

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Cada sorriso, cada palavra de incentivo e cada olhar de admiração foram momentos preciosos que me encheram de alegria e gratidão. A sensação de reconhecimento e a crença no poder transformador do livro eram palpáveis no ar. Estes encontros são verdadeiramente especiais, pois são eles que alimentam a minha alma de escritor e dão alento à criatividade.

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Falar com os leitores, sentir o seu apoio e perceber que as minhas histórias tocam as suas vidas é uma experiência indescritível. Ver os meus livros nas mãos dos leitores foi uma experiência profundamente gratificante e emocionante.

Cada vez que alguém segurava o meu livro, sentia uma mistura de orgulho e humildade. Era como se cada exemplar fosse uma ponte que conectava as minhas palavras ao coração dos leitores. A sensação de ver o meu livro ser apreciado e valorizado por tantas pessoas é indescritível.

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São estes momentos que me motivam a escrever, a explorar novas ideias e a criar mundos que possam inspirar e emocionar. A Feira do Livro do Porto é, sem dúvida, um marco importante na minha jornada como autor, e levo comigo a energia positiva e o carinho de todos os que estiveram presentes.

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No próximo dia 08 de setembro estarei novamente na Feira do livro do Porto.

Podem encontrar-me no stand 128, da Oficina da Escrita, a partir das 18h.

 

Imagens: @oficinadaescrita 

Fechar ciclos

26.08.24 | RF

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Tomar decisões acertadas é uma arte que requer ponderação e sensibilidade no momento certo. Às vezes, essas decisões envolvem deixar para trás algo que, por muito tempo, fez parte da nossa identidade. Pode ser um emprego, um relacionamento ou até mesmo um sonho que já não faz sentido.

Insistir num erro pode levar-nos a situações constrangedoras ou embaraçosas. É essencial reconhecer quando um ciclo deve ser fechado. Permanecer em algo que já não nos serve pode impedir o nosso crescimento e evolução.

Quando sentimos que é hora de encerrar um ciclo, devemos fazê-lo com coragem e determinação. Fechar um ciclo não é um sinal de fracasso, mas sim de sabedoria e maturidade. É um passo necessário para abrir novos caminhos, iniciar novos projetos e perseguir novas ambições.

Requer a capacidade de reconhecer que algo chegou ao fim e que é hora de seguir em frente. Esse movimento de encerramento e abertura é essencial para o nosso crescimento. Cada novo ciclo traz consigo a promessa de novas experiências, aprendizagens e conquistas.

Cada fim é, na verdade, um novo começo. Ao deixar para trás o que já não nos acrescenta, abrimos espaço para novas oportunidades e experiências. A vida é uma constante renovação, e saber quando seguir em frente é fundamental para nosso desenvolvimento pessoal e profissional. Portanto, não hesite em fechar ciclos e abraçar o novo com entusiasmo e esperança.

Heróis anónimos

23.08.24 | RF

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No coração das florestas portuguesas, onde o verde se mistura com o vermelho das chamas, os bombeiros travam uma batalha incessante contra os incêndios. Com uma dedicação sem limites, estes heróis anónimos enfrentam o perigo de frente, movidos por um compromisso inabalável com a segurança e o bem-estar da comunidade. 

No silêncio da noite, quando as sombras escondem os rostos daqueles que ateiam os fogos, os bombeiros estão sempre prontos. A sua disponibilidade é intransigente, respondendo ao apelo da emergência com uma prontidão que só os verdadeiros guardiões possuem. Cada gota de suor, cada ferida e cada noite sem dormir são testemunhos do seu esforço desinteressado.

A importância dos bombeiros não pode ser subestimada. Eles são a linha de defesa que protege vidas, lares e sonhos. O povo português, conhecedor da bravura e do sacrifício destes homens e mulheres, nutre por eles uma gratidão profunda. Em cada olhar de agradecimento, em cada palavra de apoio, reside o reconhecimento de um esforço que vai além do dever.

Os bombeiros são mais do que profissionais; são símbolos de esperança e resiliência. O seu trabalho incansável e a sua coragem inabalável são um farol de luz em tempos de escuridão, lembrando-nos que, mesmo nas horas mais difíceis, há sempre aqueles que estão dispostos a lutar pelo bem de todos.

Imagem:https://br.freepik.com/fotos-gratis/bombeiros-prontos-para-sua-missao_21843704.htm#fromView=search&page=2&position=0&uuid=f55858c1-32e3-4377-b833-0e7f0ac0cf63

Cordas invisíveis das emoções

21.08.24 | RF

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Na turbulência das emoções, dançamos na corda bamba das decisões. Por vezes, os sentimentos impulsionam-nos a voar, a arriscar, a seguir o coração. Outras vezes, afundam-nos em abismos de impulsividade e arrependimento.
 
Quando a raiva ferve como lava, as  nossas escolhas podem tornar-se vulcões destrutivos. Decidimos com base na urgência do momento, sem ponderar as consequências. A vingança, como um veneno, cega-nos sem piedade.
 
Mas há também a doçura da esperança, que nos faz plantar sementes de possibilidades. Quando o amor nos envolve, decidimos com ternura, construindo pontes entre almas. A coragem, como um farol, conduz-nos para horizontes desconhecidos.
 
E desta forma, as emoções costuram o destino. Lembram-nos que somos humanos, vulneráveis e apaixonados. Que cada escolha é uma nota na sinfonia da vida, que se faz ouvir para além de nós mesmos. 
Afinar essas cordas invisíveis, e dançar com equilíbrio entre a razão e o sentimento, para que as nossas decisões sejam melodias de harmonia e não dissonâncias trágicas, é a lição que devemos procurar aprender.

O Instante Eterno

19.08.24 | RF

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Numa tarde de outono, quando as folhas dançavam ao sabor do vento, encontrei um velho relógio de bolso numa loja de antiguidades. O seu tiquetaque era suave, quase imperceptível, como se segredasse confidências do tempo. O vendedor, com olhos enrugados e sorriso afável, disse-me: "Este relógio guarda o instante eterno."
 
Intrigado, levei-o para casa. À noite, sentado à janela, observei o ponteiro dos segundos. Avançava implacável, marcando cada momento que se esvaía. Mas havia ali algo diferente. Um segundo estendia-se, como um fio de prata que se desdobrava em infinitas possibilidades.
 
Pensei nas estações que se sucediam, nas pessoas que cruzavam o meu caminho, nos amores que floresciam e murchavam. Tudo era efémero, como a chuva que caía lá fora. A dor, a alegria, os sonhos — tudo tinha o seu tempo, como notas musicais numa partitura.
 
O relógio ensinou-me a apreciar cada instante. A sorrir para o desconhecido, a abraçar o efémero. Mostrou-me que a eternidade não está no tempo que se prolonga, mas na intensidade com que vivemos. Naquele segundo, enquanto o ponteiro avançava, senti a eternidade num olhar, num gesto, num suspiro.
 
Hoje, o relógio repousa na estante da minha sala. O seu tiquetaque continua, mas agora sei que o instante eterno está em cada batida do coração, em cada respiração. Nada é para sempre, exceto a memória daqueles momentos que vivemos intensamente. Por isso sorrio para o tempo, sabendo que ele é apenas um urdidor de histórias, e nós, os protagonistas da nossa própria eternidade.

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