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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Coragem de mil almas

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Foto de Антон Дмитриев na Unsplash

 

O céu está nublado de fumo e poeira
O chão é queimado pelo fogo violento
O céu está pintado de vermelho pelos tiros
E na escuridão a terra é um coro
Há uma guerra latente nos nossos corações
A escuridão instalou-se, ninguém fica para trás
O caos do mundo insinua-se como um ladrão
Devemos ficar juntos, encontrar algum alívio
Do fogo da guerra e do caos
Vem a coragem de mil almas
Levantando-se contra a escuridão
Para romper estas paredes de ferro
O barulho dos canhões troando no ar
É hora de lutar pela liberdade, devemos declarar
A coragem será a nossa guia nesta noite escura
E juntos subimos como um, unidos lutamos
Embora a batalha possa ser difícil e a noite pareça tão longa
Encontraremos a saída e não demorará muito
O poder do amor pode dominar todo o medo
Vamos unir forças e deixar isso bem claro
Do fogo da guerra e do caos
Vem a coragem de mil almas
Levantando-se contra a escuridão
Para romper estas paredes de ferro

 

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Assistir ao pôr do sol

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Foto de Penny Hollick na Unsplash

Fecho os olhos e deixo que o vento me leve
Para um lugar onde o céu é pintado em tom pastel
Ouço o sussurro do rio, é hora de partir
Antes que o sol se retire e a noite desça por um cordel
Vamos assistir ao pôr do sol no rio esta noite
Deixa que o nosso amor brilhe e faça com que te sintas bem
Vamos contar as estrelas, dançar ao luar
Encontraremos o nosso éden, assistindo ao pôr do sol,
no rio, os dois, esta noite.
Vamos deitar-nos na margem e deixar as nossas preocupações voar
Absorvendo cada momento sem perder a viagem
E de mãos dadas, bem juntinhos, desfrutar
Vamos assistir ao pôr do sol no rio esta noite
Deixa que o nosso amor brilhe e se abra num sorriso
Vamos contar as estrelas, apontar as constelações
Encontraremos o nosso paraíso, assistindo ao pôr do sol,
no rio, os dois, esta noite.

 

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Meu irmão Alberto


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A tua chegada era sempre ansiada

Desejada naqueles anos sombrios e cinzentos

Em que era criança já crescida, não criada

Consequência de desenganos e tormentos

 

Os brinquedos que sempre me trazias

Iluminavam o meu mundo enegrecido

Preenchiam-me de alegria como tu bem vias

Tornavam o monótono em divertido

 

O semblante carregado e a alma fechada

Davam lugar ao coração de sorriso aberto

Sempre na esperança da tua breve chegada

É de ti quem falo, meu querido irmão Alberto

 

Os anos cavalgam velozes sem darmos conta

A idade avança sem piedade

Não percamos tempo a pelear o que nos afronta

Seguimos em frente nesta cumplicidade

 

Antes como agora, estás sempre presente

Nos maus e nos bons momentos desta passagem

Somos sangue do mesmo sangue, frio ou quente

Juntos, unidos, é esta a nossa mensagem

 

#poesia

Sinto-te falta



As ausências a que me obrigas

Marcadas por esse teu triste olhar

São sombras envergonhadas de intrigas

A que me sujeito sem me preocupar

 

Refugio-me nesse teu olhar penetrante

Escondo-me em mim da tua presença

Perco-me neste caminho errante

Que percorro em constante descrença

 

A felicidade é uma quimera

É efémero sentimento cantado

Por poetas desta e de outra era

Em canção e em verso rimado

 

O amor, esse sentimento tão nobre

Brota de qualquer coração enamorado

Seja rico ou seja pobre

É assim a vida de um apaixonado

 

Nas ausências insisto em ficar

Ao teu lado ainda que te perca

Perdido na imensidão do teu olhar

Refugiado no coração que se aperta

 

Encontro-te finalmente entre a imensidão

Dos meus sonhos e pesadelos urdidos

Tornas-te o meu rochedo, o meu bastião

Senhora de destinos incompreendidos

 

Rendo-me nesta destemida covardia

De declarar este amor que me assalta

Que cresce nesta alma deserta, bravia

E ainda que te tenha, sinto-te falta.

 

#ruiferreiraautor
#autoresportugueses
#autoresnacionais

Sinto-te falta

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As ausências a que me obrigas

Marcadas por esse teu triste olhar

São sombras envergonhadas de intrigas

A que me sujeito sem me preocupar

 

Refugio-me nesse teu olhar penetrante

Escondo-me em mim da tua presença

Perco-me neste caminho errante

Que percorro em constante descrença

 

A felicidade é uma quimera

É efémero sentimento cantado

Por poetas desta e de outra era

Em canção e em verso rimado

 

O amor, esse sentimento tão nobre

Brota de qualquer coração enamorado

Seja rico ou seja pobre

É assim a vida de um apaixonado

 

Nas ausências insisto em ficar

Ao teu lado ainda que te perca

Perdido na imensidão do teu olhar

Refugiado no coração que se aperta

 

Encontro-te finalmente entre a imensidão

Dos meus sonhos e pesadelos urdidos

Tornas-te o meu rochedo, o meu bastião

Senhora de destinos incompreendidos

 

Rendo-me nesta destemida covardia

De declarar este amor que me assalta

Que cresce nesta alma deserta, bravia

E ainda que te tenha, sinto-te falta.

 

#ruiferreiraautor
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#autoresnacionais

Amor incompreendido



Carrego-te no negrume da escuridão

Lado oculto da vida em que te não via

Seguro o grito no silêncio, em vão

Rogo por esta luz pálida que nos guia

 

Que lassidão é esta que me corrói

A alma ímpia, descrente

Que me condena a vilão ou herói

Ou apenas a um ser aparentado a gente

 

Lanço um olhar duvidoso à paisagem nua

Que é esboço não desenhado

É rabisco sobre uma tela crua

És tu, meu amor, do outro lado

 

Chamas-me e não te ouço

Convocas-me e não compareço

Permaneço neste calabouço

Indeciso, e ainda assim não esmoreço

 

E neste impasse me quedo

Impedido de desfrutar esta vida

Solto vocábulos que pretendem ser um berro

Rasgo as vestes pela alma cindida

 

Resisto e não desisto, até à última consequência

Por um amor incessantemente incompreendido

Que perdura e resiste com eloquência

Epílogo da querença que se faz correspondido

 

Rui Ferreira

Penafiel

Poema "Triste Fado"

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Partilho convosco este poema singelo de minha autoria, que foi selecionado para integrar o Volume XII da Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea “Entre o Sono e o Sonho" da Chiado Books


"Triste Fado

Quis este meu triste fado
Que no embalo de um sonho falhado
Me tornasse em algo que não sou
Sou esboço não desenhado, mera pintura que borrou


Ator de um sonho não sonhado, espectro de alguém que nunca voltou
Figurante de um pesadelo inacabado, aprendiz de feiticeiro que nunca se revelou.
Do nada um raio de luz rasgou o negrume
E tu chegaste radiante, ameaçando este velho costume


De permanecer na penumbra, sombrio
Acossado por velhas lembranças, fortes como um rio.
E da noite se fez dia, das trevas se fez luz
Hoje sou quem não fui, nem sequer fui o que supus


Não fosses tu, ó minha linda feiticeira
Trazer-me à luz da tua fogueira
E deambularia deslembrado por aí, esquecido
Solitário, desapaixonado, perpetuamente vencido."