A beleza do stand literário
No coração vibrante da Feira do Livro de Lisboa, entre páginas e palavras, ergue-se um stand que parece ter saído diretamente da alma da cidade: o elétrico da Oficina da Escrita. Pintado de amarelo radiante, com linhas arredondadas que evocam os velhos elétricos lisboetas a descer colinas e a cruzar ruas empedradas, este espaço não é apenas um ponto de venda — é uma ode à imaginação.
Tal como os elétricos que percorrem Lisboa transportam corpos por avenidas e miradouros, este elétrico literário leva leitores por caminhos de sonho, histórias profundas, ideias provocadoras e emoções por descobrir. A metáfora é perfeita: cada livro é uma viagem, cada autor um condutor que nos guia por universos desconhecidos, sem horários nem paragens obrigatórias.
A beleza do stand — engenhosa e nostálgica — capta imediatamente o olhar dos visitantes, despertando a curiosidade até dos mais distraídos. E é precisamente nesta atração visual que reside a genialidade da proposta: mais do que um espaço expositivo, é um convite. Um convite a entrar, a sentar-se, a descobrir os autores e as obras que, como o próprio stand, surpreendem pela criatividade e autenticidade.
Neste elétrico da escrita, não há bilhete a carimbar — o único requisito é a vontade de embarcar. E quem entra, dificilmente sai igual, pois encontra ali não só livros, mas também o pulsar vivo de uma casa literária que celebra a palavra com engenho, paixão e um toque muito português de alma e engenho.
Imagem: Oficina da Escrita
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