A Máscara Dourada
A sociedade, um palco sumptuoso onde todos vestem as suas máscaras mais elegantes. Sorrisos largos, como joias falsas cintilando sob a luz artificial, ocultam as verdadeiras emoções, tão frágeis como vidro fino. As palavras, como moedas falsas, são trocadas em profusão, prometendo um valor que nunca será entregue.
A hipocrisia, a moeda corrente nesse reino de aparências, compra a adesão e silencia as discordâncias. Os elogios vazios ecoam nos salões, enquanto as críticas mordazes são segredadas nos corredores. A inveja, disfarçada de admiração, corrói as relações, transformando os encontros sociais em batalhas silenciosas por estatuto e poder.
Sob a máscara dourada, as almas espreitam-se, famintas por autenticidade. Mas a demanda é em vão, porque a verdade é um bem escasso nesse mundo de ilusões. E assim, a dança continua, um ballet macabro onde todos fingem ser aquilo que não são, presos num labirinto de aparências, incapazes de encontrar a saída.
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