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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Analfabetismo voluntário

29.05.25 | RF

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Renunciar à leitura é como ter uma janela aberta para o infinito e escolher mantê-la fechada. Quem lê exercita a empatia, expande horizontes, questiona certezas. Quem não lê contenta-se com o que lhe é dito, repete sem compreender, vive à superfície.

Há uma quietude poderosa no ato de abrir um livro. Ali, no silêncio das páginas, pulsa a voz de quem ousou sonhar, pensar, discordar. E quando escolhemos não ler, silenciamos essas vozes. Tornamo-nos surdos ao grito de quem veio antes e cegos às possibilidades do que virá.

A alfabetização não se mede apenas pela capacidade de decifrar palavras, mas pelo uso que fazemos delas. Ler é um gesto de liberdade. Não ler — por indiferença, por preguiça ou por desdém — é uma forma de prisão consentida.

Por isso, os verdadeiros analfabetos são aqueles que sabem ler, mas recusam o convite à viagem. Que dominam o código, mas desprezam o sentido. Porque o analfabetismo mais grave não é o da letra, mas o da alma.

 

Imagem: Pixabay

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