Censura e perigo social
Quando se começam a remover livros, é a liberdade que se apaga.
O Pentágono ordenou a retirada de centenas de livros das academias militares dos EUA. Foram excluídas obras sobre o Holocausto, feminismo, igualdade de género, direitos civis e racismo. Entre elas, "Eu Sei Porque o Pássaro Canta na Gaiola", de Maya Angelou, um testemunho poderoso da luta e da dor de uma mulher negra na América.
Isto não é apenas uma questão de catálogo ou espaço nas prateleiras. É uma tentativa silenciosa de controlar o que se aprende, o que se questiona e o que se lembra. E quando se apagam vozes que denunciam injustiças, constrói-se um futuro mais cego, mais frio, mais perigoso.
A História já nos mostrou os riscos da censura. Hoje são livros. Amanhã podem ser ideias. Depois, pessoas.
Defender o acesso ao conhecimento é proteger a democracia.
Os livros são faróis. Apagá-los é escolher a escuridão.