Insanidade nas lideranças globais
Dizem que os líderes mundiais são os espelhos dos seus povos. Se for verdade, talvez esteja na hora de o mundo inteiro ser internado para observação psiquiátrica. É comovente — quase enternecedor — ver senhores engravatados, com diplomas nas paredes e discursos ensaiados, comportarem-se como crianças mimadas a disputar brinquedos nucleares no recreio da ONU.
Elegem-se em nome da paz, da justiça e da esperança… e governam com rancor, arrogância e um talento notável para a hipocrisia. Representar o povo? Só se for o povo invisível que vive nos jantares de gala, nas contas offshore e nas fotografias sorridentes com legendas ocas.
Entretanto, os povos vizinhos, que há pouco partilhavam pão, canções e fronteiras porosas, agora trocam mísseis, ódio e revisionismos históricos. A convivência tornou-se confronto, e o bom senso tirou férias — talvez permanentes.
Mas não desesperemos. Tudo está sob controlo. Ou, pelo menos, nas mãos dos mesmos que nos trouxeram até este brilhante momento de insanidade global. O que poderia correr mal?
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