O café e a essência perdida
O café é mais do que uma bebida. É um ritual, um instante sagrado que marca o início do dia, o fecho de uma refeição, o pretexto perfeito para um encontro entre amigos. Há algo de quase poético em saborear um café à beira-mar, sentindo a brisa a misturar-se com o aroma quente da chávena, enquanto os pensamentos se perdem na imensidão do horizonte.
Mas o café, esse companheiro de tantas jornadas, tem sofrido. A qualidade anda pelas ruas da amargura, os sabores outrora intensos e ricos, estão agora muitas vezes diluídos em algo pálido e sem alma. E o pior? Já não é barato. Pagamos cada vez mais por cada chávena, e há lugares onde, sinceramente, não deveríamos pagar nada, tal é a fraca qualidade do que nos servem.
Ainda assim, continuamos a procurá-lo, na esperança de reencontrar aquele café que desperta os sentidos, que aquece a alma e que, por um breve instante, faz o mundo parar. Porque um bom café não é apenas uma bebida. É uma experiência. E experiências dessas não deveriam ser um luxo raro.
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