O estrondo dos cérebros vazios

As latas vazias sempre fizeram mais barulho que as cheias.
É uma lei universal, daquelas que dispensam laboratório ou certificado científico. Basta entrar num autocarro, abrir uma rede social ou ouvir um discurso político para comprovar: quanto menos conteúdo, mais estrondo.
O cérebro oco é como um tambor desafinado — toca alto, mas não produz melodia. E, curiosamente, quanto mais se agita, mais convencido está da própria importância. Talvez fosse justo aplicar um imposto sobre o ruído intelectual: quem fala demais sem dizer nada pagaria pela poluição sonora que espalha.
No fim, talvez descobríssemos que o silêncio, afinal, é a mais rara das sabedorias.
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