Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

O peso do adeus

29.03.25 | RF

 

person-praying-with-rosary-holy-book.jpg

 

Despedirmo-nos de alguém que parte nunca é fácil. Mas quando se trata de uma alma que em vida só soube fazer o bem, que espalhou luz e deixou um rasto de amor por onde passou, o adeus torna-se ainda mais doloroso. 
 
A dor da ausência pesa no peito como um fardo impossível de aliviar. Olhamos para os lugares onde essa pessoa costumava estar, ouvimos os ecos da sua voz na memória e sentimos o vazio que deixou. O tempo, dizem, cura tudo. Mas como se cura a ausência de quem nos fez sentir protegidos, amados, compreendidos?
 
O luto por uma alma boa é diferente. Não há apenas a tristeza da perda, mas também a saudade de um amor puro, de um sorriso sincero, de uma generosidade que parecia inesgotável. O mundo parece menos brilhante, menos acolhedor. É um tipo de silêncio que grita dentro de nós.
 
Ainda assim, há uma certeza que nos conforta: essas almas nunca partem por completo. Permanecem nos gestos que aprendemos com elas, nos valores que nos deixaram, nas histórias que contaremos. Enquanto nos lembrarmos delas, continuarão a viver em nós. E talvez seja essa a melhor forma de honrá-las: espalhando a mesma luz que um dia nos iluminaram.
 
Dedicado à minha querida tia Zézita (irmã Maria Goretti, diligente servidora de Deus). Descanse em paz.
 
imagem: Freepik