O peso do adeus
29.03.25 | RF
Despedirmo-nos de alguém que parte nunca é fácil. Mas quando se trata de uma alma que em vida só soube fazer o bem, que espalhou luz e deixou um rasto de amor por onde passou, o adeus torna-se ainda mais doloroso.
A dor da ausência pesa no peito como um fardo impossível de aliviar. Olhamos para os lugares onde essa pessoa costumava estar, ouvimos os ecos da sua voz na memória e sentimos o vazio que deixou. O tempo, dizem, cura tudo. Mas como se cura a ausência de quem nos fez sentir protegidos, amados, compreendidos?
O luto por uma alma boa é diferente. Não há apenas a tristeza da perda, mas também a saudade de um amor puro, de um sorriso sincero, de uma generosidade que parecia inesgotável. O mundo parece menos brilhante, menos acolhedor. É um tipo de silêncio que grita dentro de nós.
Ainda assim, há uma certeza que nos conforta: essas almas nunca partem por completo. Permanecem nos gestos que aprendemos com elas, nos valores que nos deixaram, nas histórias que contaremos. Enquanto nos lembrarmos delas, continuarão a viver em nós. E talvez seja essa a melhor forma de honrá-las: espalhando a mesma luz que um dia nos iluminaram.
Dedicado à minha querida tia Zézita (irmã Maria Goretti, diligente servidora de Deus). Descanse em paz.
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