O Sr. Gilberto foi ao veterinário
Ontem foi dia de levar o Sr. Gilberto ao veterinário, e que aventura foi essa! Tudo começou em casa, onde a missão de apanhá-lo exigiu estratégia e paciência. Armado com o seu petisco favorito, tentei "suborná-lo". Ele olhou desconfiado, analisando cada movimento meu como se estivesse frente a frente com o maior vilão da sua história. Finalmente, a gula venceu, mas mal sabia ele que aquilo era só o início.
O desafio seguinte foi colocá-lo na transportadora. Foi uma batalha épica, digna de ser contada por gerações futuras. Entre miados furiosos, patas que pareciam multiplicar-se e uma força que não se explica num animal tão pequeno, o Sr. Gilberto quase destruiu a pobre transportadora, que agora carrega as marcas da sua ira.
No veterinário, chegou o momento da pesagem. Lá estava ele, sentado, indignado e pesado: 5,970 kg de pura determinação felina. Os olhos dele diziam tudo: “Traidor! Não me esquecerei disso tão cedo.”
De volta a casa, libertado do seu cárcere momentâneo, correu imediatamente para debaixo da passadeira. Ali ficou, inabalável, ignorando as minhas desculpas e promessas de compensação. Passou mais de uma hora ali, remoendo a sua fúria e, quem sabe, planeando a próxima vingança.
Apesar de tudo, sei que o Sr. Gilberto vai perdoar-me — eventualmente. Afinal, somos cúmplices de uma convivência marcada por travessuras, teimosias e amor incondicional.