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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

O tempo que nos escolhe e os caminhos que escolhemos

22.04.25 | RF

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Ninguém escolhe o tempo nem o mundo em que nasce. Esta verdade, simples mas profunda, recorda-nos que somos lançados à existência num contexto que nos antecede, com as suas crises, injustiças, avanços e retrocessos. Não escolhemos nascer em tempos de guerra ou de paz, de escassez ou de abundância, de liberdade ou de opressão. Somos, de início, frutos do acaso e do contexto. Mas isso não nos condena à passividade. Pelo contrário, é justamente nessa impossibilidade de escolha do ponto de partida que se revela a grandeza da liberdade humana: a de decidir o rumo.

Podemos não escolher o cenário, mas escolhemos o papel que queremos desempenhar dentro dele. Uns escolhem o silêncio cúmplice, outros a coragem de se levantar. Alguns deixam-se moldar pelo cinismo dos tempos, outros resistem com pequenos gestos de bondade e integridade. A vida não nos dá garantias, mas oferece-nos a oportunidade de ser autores da nossa própria história, mesmo quando o pano de fundo parece imutável.

Por isso, mais do que lamentar o mundo que herdámos, importa perguntar: que mundo queremos deixar? Que ações estão ao nosso alcance para traçar um caminho coerente com os nossos valores? A liberdade pode ser condicionada, mas nunca completamente anulada. A escolha é, sempre, o último reduto da dignidade humana. E é nela que reside a esperança de um mundo melhor.

 

Imagem: Pixabay