A raiva e o ressentimento são como âncoras pesadas que nos prendem ao fundo do abismo. Alimentam-se do que há de pior em nós - da mágoa não resolvida, do orgulho ferido, da sede de vingança. No início, parecem uma defesa, uma resposta natural às injustiças da (...)
Vivemos num tempo curioso em que se aplaudem diplomas como troféus e se promovem formações como se fossem varinhas mágicas da competência absoluta. Não me entendam mal: a formação é essencial. Ensina-nos a operar máquinas, a interpretar legislação, a aplicar (...)
Há um orgulho que arde em silêncio, como chama contida sob um véu de cinza. Não porque falte intensidade, mas porque o mundo nem sempre é lugar para fogos de alegria sem medida. Às vezes, aquele que mais nos comove, que mais nos enche o peito de júbilo, é (...)
16.05.25 | RF |
Chegou o momento de decidir o rumo do nosso futuro coletivo. Não é tempo de silêncios, nem de cruzar os braços. É tempo de assumirmos, com coragem e consciência, a responsabilidade que a democracia nos confia. Cada voto é uma voz que se levanta, uma escolha (...)
Chamam-nos a peste grisalha, esse enxame de cabeças prateadas que ousa ocupar espaço no mundo como se ainda tivesse direito a ele. Acordamos cedo – não por gosto, mas porque os joelhos fazem questão de nos lembrar que dormir mais do que seis horas é luxo de (...)
Num tempo em que o ritmo da vida parece ter acelerado para lá do essencial, a família continua a ser o ponto de equilíbrio mais fundamental do ser humano. Não é apenas um conjunto de laços de sangue ou de convivência; é o espaço onde se aprende a amar, a (...)
O ser humano é, por natureza, um paradoxo ambulante — capaz do mais sublime gesto de ternura e, no instante seguinte, de um retraimento quase pueril perante um olhar, uma palavra, um silêncio mal interpretado. Habita um mundo onde as relações são teias invisíveis, (...)