A última bolacha do pacote
Nesta vida, somos como um pacote de bolachas. Algumas são recheadas de confiança, outras de dúvidas. Mas há sempre aquela que se julga a última, a mais especial. Aquela que brilha com um verniz de superioridade, como se fosse a bolacha mais cobiçada.
Essa bolacha, meus amigos, é o fanfarrão. Aquele que se pavoneia, que se gaba, que se coloca num pedestal imaginário, em que acredita ser o centro do universo, o farol que guia todos os outros. Mas, bem vistas as coisas, não passa de um simples biscoito.
Enquanto isso, os outros biscoitos, aqueles que não se gabam, que não se exibem, continuam o seu labor. Eles acreditam no seu potencial, mesmo quando a vida os coloca à prova. Não vacilam perante os fanfarrões, porque sabem que a verdadeira grandeza não está em proclamar-se o melhor, mas em agir com humildade e determinação.
Não sejamos, portanto, fanfarrões. Sejamos as bolachas que acreditam no seu potencial, que não se deixam abalar pelas aparências. Porque, no final das contas, não é a embalagem que importa, mas sim o sabor e a consistência do nosso ser.