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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

A distância engana

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"Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos." Uma frase que se reproduz nos corredores da admiração passiva, onde a distância pinta a realidade com pinceladas de perfeição. Afinal, quem nunca se encantou com a vida impecável de um desconhecido nas redes sociais? O seu largo sorriso branqueado, as viagens exóticas e as paixões inspiradoras – tudo isto visto através da neblina romantizada da ignorância.

Mas, e se pudéssemos acompanhar esse mesmo indivíduo por um dia inteiro? Ver as suas crises existenciais, os seus hábitos estranhos e as suas conversas sem sentido? A admiração daria lugar à mais pura realidade, e a aura de perfeição desfazer-se-ia como o açúcar na água.

A verdade é que a distância permite-nos idealizar, enquanto a proximidade nos confronta com a complexidade da natureza humana. E, afinal, quem é realmente admirável? Aquele que aparenta ser perfeito à distância ou aquele que, mesmo com as suas imperfeições, se mostra genuíno e autêntico?

Transformar as preocupações em motivação

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As preocupações do quotidiano, como pequenas pedras no sapato, acompanham-nos a cada passo. São como sombras que se alongam à medida que o sol se põe.
Apesar de aparentemente triviais, moldam a nossa vida. Empurram-nos para a frente ou mantêm-nos paralisados. O medo de falhar, de não sermos bons o suficiente, de perder o que amamos – tudo isso nos condiciona, como rédeas invisíveis que nos puxam para direções imprevistas.
Mas talvez possamos aprender a dançar com os nossos medos, a transformar as preocupações em motivação. Afinal, são essas mesmas pedras que nos ensinam a apreciar os momentos de calma, a valorizar o presente e a procurar a paz interior.
Assim, enquanto o mundo gira e as preocupações persistem, talvez possamos encontrar um equilíbrio delicado entre o que nos aflige e o que nos eleva. E, quem sabe, descobrir que a vida é uma dança, e nós somos os dançarinos – imperfeitos, mas sempre em movimento. 
 
 
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Imagem: https://pixabay.com/pt/illustrations/preocupado-preocupada-medo-pavor-8728212/
 

A rejeição é  uma ferida invisível

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A rejeição é  uma ferida invisível que silenciosamente carregamos no coração. Quando somos rejeitados, algo se quebra dentro de nós, e a dor espalha-se como fissuras num espelho. 
 
A rejeição toca no nosso âmago. Lembra-nos da nossa humanidade frágil, das nossas imperfeições e limitações. Quando alguém nos rejeita, sentimos que não somos bons o suficiente, que não merecemos amor, aceitação ou oportunidades.
 
E assim, procuramos subterfúgios para nos proteger. Criamos máscaras, disfarces, personagens que apresentamos à sociedade. Sorrimos quando queremos chorar, concordamos quando queremos discordar, escondemo-nos atrás de uma fachada de normalidade. Tudo para evitar a rejeição, para não sermos expostos como vulneráveis, como falíveis.
 
Mas essa dança de subterfúgios tem um preço.  Deixamos de ser autênticos, de nos ligarmos verdadeiramente uns com os outros.
 
Talvez seja hora de encarar a rejeição de frente. Aceitar que somos humanos, com as nossas fraquezas e imperfeições. Que a rejeição não nos define, mas faz parte da caminhada.
 
Afinal, não é na aceitação da nossa própria fragilidade que encontramos força?
 
 
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