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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Cordas invisíveis das emoções

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Na turbulência das emoções, dançamos na corda bamba das decisões. Por vezes, os sentimentos impulsionam-nos a voar, a arriscar, a seguir o coração. Outras vezes, afundam-nos em abismos de impulsividade e arrependimento.
 
Quando a raiva ferve como lava, as  nossas escolhas podem tornar-se vulcões destrutivos. Decidimos com base na urgência do momento, sem ponderar as consequências. A vingança, como um veneno, cega-nos sem piedade.
 
Mas há também a doçura da esperança, que nos faz plantar sementes de possibilidades. Quando o amor nos envolve, decidimos com ternura, construindo pontes entre almas. A coragem, como um farol, conduz-nos para horizontes desconhecidos.
 
E desta forma, as emoções costuram o destino. Lembram-nos que somos humanos, vulneráveis e apaixonados. Que cada escolha é uma nota na sinfonia da vida, que se faz ouvir para além de nós mesmos. 
Afinar essas cordas invisíveis, e dançar com equilíbrio entre a razão e o sentimento, para que as nossas decisões sejam melodias de harmonia e não dissonâncias trágicas, é a lição que devemos procurar aprender.

Este país não é para "velhos"

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Num mundo que avança implacável a passos largos, muitas vezes esquecemos de olhar para trás, para aqueles que já percorreram a maior parte do caminho. Os idosos, vulneráveis e menos capazes, são frequentemente deixados à margem, invisíveis aos olhos da sociedade que prioriza a juventude e a eficiência.

É cruel como alguns são tratados no outono das suas vidas, quando deveriam ser envoltos em respeito e admiração. Eles são bibliotecas vivas de sabedoria e história, mas muitas vezes, são relegados ao silêncio e ao esquecimento.
A solidariedade não deve ser um fardo, mas uma partilha natural de compaixão. Devemos estender as nossas mãos não apenas para ajudar, mas para aprender com aqueles que tanto têm para ensinar.
Afinal, a verdadeira avaliação de uma sociedade é encontrada não em como esta celebra os triunfos dos mais fortes, mas em como honra e cuida dos mais frágeis.
 
Imagem: Porto canal