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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

A rejeição é  uma ferida invisível

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A rejeição é  uma ferida invisível que silenciosamente carregamos no coração. Quando somos rejeitados, algo se quebra dentro de nós, e a dor espalha-se como fissuras num espelho. 
 
A rejeição toca no nosso âmago. Lembra-nos da nossa humanidade frágil, das nossas imperfeições e limitações. Quando alguém nos rejeita, sentimos que não somos bons o suficiente, que não merecemos amor, aceitação ou oportunidades.
 
E assim, procuramos subterfúgios para nos proteger. Criamos máscaras, disfarces, personagens que apresentamos à sociedade. Sorrimos quando queremos chorar, concordamos quando queremos discordar, escondemo-nos atrás de uma fachada de normalidade. Tudo para evitar a rejeição, para não sermos expostos como vulneráveis, como falíveis.
 
Mas essa dança de subterfúgios tem um preço.  Deixamos de ser autênticos, de nos ligarmos verdadeiramente uns com os outros.
 
Talvez seja hora de encarar a rejeição de frente. Aceitar que somos humanos, com as nossas fraquezas e imperfeições. Que a rejeição não nos define, mas faz parte da caminhada.
 
Afinal, não é na aceitação da nossa própria fragilidade que encontramos força?
 
 
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Imagem: https://br.freepik.com/fotos-gratis/menina-amor-namorado-divorcio-fundo_1129407.htm#fromView=search&page=1&position=2&uuid=66d2216d-09fe-4cc4-8208-d66872a04f04

A indiferença nas grandes cidades

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Nas grandes cidades, as ruas são veias por onde circula a indiferença, e os passos apressados dos transeuntes refletem a pressa de chegar a lugar nenhum. Há um silêncio ensurdecedor na multidão, uma solidão compartilhada em contraponto à cacofonia urbana.
As pessoas passam umas pelas outras como sombras, olhares baixos, temendo o encontro com a realidade do outro. O sofrimento alheio torna-se invisível, coberto pelo véu da apatia. Os que nada têm estendem mãos que clamam por ajuda, mas as suas vozes perdem-se no vórtice de uma sociedade que valoriza mais o ter do que o ser.
Tenta-se apagar a existência dos desfavorecidos com a indiferença, como se ignorar pudesse dissolver a dor. Mas a dor é uma tinta permanente na sociedade, e a indiferença apenas mancha mais profundamente. A frieza das grandes cidades não é mais do que o reflexo do gelo que se forma nos corações que se esqueceram de sentir.


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