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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Máscaras sob a pele

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Sob a lã macia das ovelhas, escondem-se mandíbulas afiadas e olhares famintos. São os camaleões sociais, mestres da dissimulação. Na arena pública, têm um sorriso angelical e palavras melosas. Nos bastidores, a máscara cai, revelando garras afiadas e um apetite voraz por poder e dominação.

Amizade? Uma moeda de troca.

Bondade? Uma estratégia de caça.

São os predadores que se disfarçam no rebanho, aguardando o momento propício para a estocada final.

As vítimas desses predadores sociais carregam as marcas da traição e da desilusão. A confiança uma vez quebrada, é difícil de reconstruir. A dor da descoberta é profunda, e a sensação de ter sido enganado pode levar anos a ser superada.

E desta forma, a humanidade assiste, atónita, à farsa quotidiana, onde a verdade é um luxo e a hipocrisia, a norma.

A Máscara Dourada

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A sociedade, um palco sumptuoso onde todos vestem as suas máscaras mais elegantes. Sorrisos largos, como joias falsas cintilando sob a luz artificial, ocultam as verdadeiras emoções, tão frágeis como vidro fino. As palavras, como moedas falsas, são trocadas em profusão, prometendo um valor que nunca será entregue.

A hipocrisia, a moeda corrente nesse reino de aparências, compra a adesão e silencia as discordâncias. Os elogios vazios ecoam nos salões, enquanto as críticas mordazes são segredadas nos corredores. A inveja, disfarçada de admiração, corrói as relações, transformando os encontros sociais em batalhas silenciosas por estatuto e poder.

Sob a máscara dourada, as almas espreitam-se, famintas por autenticidade. Mas a demanda é em vão, porque a verdade é um bem escasso nesse mundo de ilusões. E assim, a dança continua, um ballet macabro onde todos fingem ser aquilo que não são, presos num labirinto de aparências, incapazes de encontrar a saída.

 

Imagem criada por IA

A rejeição é  uma ferida invisível

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A rejeição é  uma ferida invisível que silenciosamente carregamos no coração. Quando somos rejeitados, algo se quebra dentro de nós, e a dor espalha-se como fissuras num espelho. 
 
A rejeição toca no nosso âmago. Lembra-nos da nossa humanidade frágil, das nossas imperfeições e limitações. Quando alguém nos rejeita, sentimos que não somos bons o suficiente, que não merecemos amor, aceitação ou oportunidades.
 
E assim, procuramos subterfúgios para nos proteger. Criamos máscaras, disfarces, personagens que apresentamos à sociedade. Sorrimos quando queremos chorar, concordamos quando queremos discordar, escondemo-nos atrás de uma fachada de normalidade. Tudo para evitar a rejeição, para não sermos expostos como vulneráveis, como falíveis.
 
Mas essa dança de subterfúgios tem um preço.  Deixamos de ser autênticos, de nos ligarmos verdadeiramente uns com os outros.
 
Talvez seja hora de encarar a rejeição de frente. Aceitar que somos humanos, com as nossas fraquezas e imperfeições. Que a rejeição não nos define, mas faz parte da caminhada.
 
Afinal, não é na aceitação da nossa própria fragilidade que encontramos força?
 
 
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Imagem: https://br.freepik.com/fotos-gratis/menina-amor-namorado-divorcio-fundo_1129407.htm#fromView=search&page=1&position=2&uuid=66d2216d-09fe-4cc4-8208-d66872a04f04