Vivemos carregados de histórias, medos, mágoas e expectativas que, sem percebermos, se transformam numa pesada bagagem emocional. Deixamos que a energia negativa se acumule como poeira sobre nós, tolhendo a nossa capacidade de sonhar, criar e ser livres. Libertarmo-nos (...)
Vivemos tempos de urgência. Tudo deve ser rápido, direto, digerido em poucas palavras. Aplaude-se quem "simplifica o complexo", como se tal proeza fosse sempre virtuosa. Mas será que, ao fazê-lo, não perdemos a essência, os matizes, os detalhes que dão sentido ao (...)
Vivemos numa era onde a opinião parece ter adquirido um valor absoluto, independentemente do conhecimento que a sustenta. Todos se sentem no direito – e até no dever – de opinar sobre qualquer tema, como se o simples facto de serem muitos tornasse suas palavras mais (...)
O melhor lugar do mundo não é um destino exótico, uma paisagem deslumbrante ou uma casa luxuosa. O melhor lugar do mundo é onde o amor mora, onde os abraços são sinceros e onde os olhos se encontram e se entendem sem precisar de palavras. O melhor lugar do mundo é (...)
Há palavras que nos acompanham como velhos amigos. Outras chegam de mansinho, como quem entra sem bater, e ocupam um canto confortável na nossa alma. Gosto particularmente de algumas — não pela frequência com que as uso, mas pela música que encerram, pela pose que (...)
Vivemos num tempo em que a comunicação nunca foi tão facilitada — mensagens instantâneas, videochamadas, redes sociais. Mas, paradoxalmente, nunca estivemos tão distantes uns dos outros. Falamos muito, opinamos ainda mais, mas escutamos pouco. A frase "aquele que (...)
A casa permanece a mesma, mas o silêncio tem outro peso. Há um prato a menos na mesa, um casaco que já não ocupa o cabide da entrada, um perfume que só vive na memória. O tempo passa, mas a ausência não se dissolve — ela entranha-se nos dias, nos gestos, nas (...)