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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

O silêncio, esse desconhecido

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Aplaudir durante o minuto de silêncio é como gritar “silêncio!” numa biblioteca. Uma contradição ensurdecedora. Será que as palmas são uma espécie de código secreto? Um sinal de que a pessoa não compreendeu a língua materna? Ou talvez seja uma forma de dizer: “Eu sou mais importante do que este momento de respeito?”

Será que as palmas são a nova forma de assobiar? Ou talvez seja uma maneira de dizer: “Eu estou aqui, olhem para mim!"

É intrigante como algo tão simples de entender se torna tão complexo para alguns.

Algumas pessoas parecem ter um relacionamento conturbado com o silêncio. Será que elas acham que as palmas ajudam a afogar o som dos próprios pensamentos? Ou será que elas simplesmente não sabem bater palmas de outra forma?

O minuto de silêncio tornou-se uma espécie de piada interna. Um convite à reflexão que, paradoxalmente, gera mais ruído do que reflexão. As palmas, nesse contexto, são como um grito ensurdecedor no meio de um murmúrio. Será que as pessoas procuram preencher o vazio do silêncio com algo, qualquer coisa? Ou será que a ideia de não fazer nada durante um minuto é assim tão insuportável?

Imagem: https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-homem-dizendo-shush_15857452.htm#fromView=search&page=1&position=36&uuid=f90b7e26-9a37-434d-8f7e-7024e9f6bc5d

Arrumar as tralhas da mente

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Na imensidão da mente, acumulamos uma infinidade de pensamentos e memórias, como um sótão repleto de tralhas. Com o tempo, o essencial mistura-se com o supérfluo, e a clareza perde-se nesse caos. É preciso, por isso, uma limpeza mental, um desapego consciente do que não nos serve mais.
 
Priorizar o essencial é escolher o que realmente importa, é reconhecer as joias de sabedoria e experiência que merecem um lugar de destaque na prateleira da nossa consciência. É saber que, no tumulto do quotidiano, algumas coisas são fundamentais para a nossa felicidade e crescimento.
 
Largar o secundário é um exercício de liberdade. É entender que nem todo o peso merece ser carregado, que nem toda a lembrança precisa ser preservada. É permitir-se esquecer as mágoas e ressentimentos, é desatar os nós que nos prendem ao passado e abrir espaço para o novo.
 
Arrumar as tralhas na nossa cabeça não é tarefa fácil, mas é um processo necessário. Como um jardim que precisa ser cuidado, também a mente requer atenção e dedicação. No fim, quando o essencial brilha e o secundário se dissolve, a paz de espírito floresce, e a vida torna-se mais leve e significativa.
 
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imagem:https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-conceitual-de-pessoa-sobre-estimulada_138122563.htm#fromView=search&page=1&position=40&uuid=ba73b81a-c65b-44ca-92d5-f4419909d6a9