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Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Rui Ferreira autor

Nas páginas deste blog, desvendo o meu universo literário. Entre linhas e versos convido-o a mergulhar nas emoções e reflexões que habitam nas minhas palavras. Este é o espaço onde as ideias ganham vida.

Conto Infantil para Adultos

Escrevi este "conto infantil para adultos", depois de ter assistido a um autêntico "assalto" de automobilistas, aos passeios de algumas ruas,  de uma freguesia de Penafiel. Sem o mínimo de respeito pelos outros, ocupavam a totalidade do passeio, obrigando os peões a utilizar a estrada para caminharem.

É para eles este "conto".

Com carinho... ou talvez não.

 

DALL·E 2024-12-01 22.04.30 - Uma cena realista de

Era uma vez, numa cidade não muito distante, um reino encantado chamado Automobilândia, onde os carros eram os reis e os passeios os seus tronos. Os súbditos, conhecidos como peões, eram figuras humildes, sempre prontos a desviar-se, saltar ou contornar os obstáculos que os majestosos veículos deixavam no caminho.

Em Automobilândia, os motoristas, seres mágicos que acreditavam controlar o tempo e o espaço, tinham o incrível poder de transformar qualquer passeio em estacionamento real. As ruas eram demasiado apertadas, ou talvez apenas insuficientemente dignas para suas majestades metálicas. Por isso, os passeios eram ocupados, bloqueando mães com carrinhos de bebé, idosos com bengalas e cavaleiros modernos em cadeiras de rodas.

"Mas, onde está o problema?", perguntavam-se os motoristas. Afinal, deixar o carro um pouco em cima do passeio era apenas um pequeno sacrifício em nome de sua majestade a Conveniência. "Eles que andem por aí, pelo meio da estrada. Um pouco de aventura nunca fez mal a ninguém!"

As crianças olhavam aquilo e ficavam confusas. "Porque estão os carros no nosso caminho?", perguntavam, enquanto os pais, com um sorriso condescendente, diziam: "Ah, meu pequeno, um dia vais entender que ser adulto é ter direitos especiais. Até os passeios obedecem às nossas vontades!"

Mas, um dia, chegou ao reino uma terrível bruxa chamada Consequência. Com a sua varinha encantada, lançou uma maldição que fazia com que todos os motoristas estacionados em cima dos passeios vivessem uma experiência mágica: acordavam presos dentro das suas próprias casas, com móveis amontoados nos corredores, sem espaço para passar. Por cada utilizador de cadeiras de rodas bloqueado, surgia um sofá na porta da cozinha; por cada carrinho de bebé desviado, uma mesa trancava a casa de banho.

No início, os motoristas ficaram irritados. "Que absurdo! Como vou sair assim?" Mas logo perceberam que, tal como eles, os peões também ficavam presos todos os dias. Então, resolveram quebrar o feitiço: estacionaram os carros corretamente e descobriram que, com um pouco mais de esforço, todos podiam viver em harmonia.

Assim, Automobilândia tornou-se um lugar onde os passeios eram dos peões, e os motoristas aprenderam que direitos vêm com deveres. E os súbditos? Bem, esses finalmente podiam andar sem saltar obstáculos.

E viveram todos felizes… até a próxima reunião do condomínio.

O silêncio, esse desconhecido

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Aplaudir durante o minuto de silêncio é como gritar “silêncio!” numa biblioteca. Uma contradição ensurdecedora. Será que as palmas são uma espécie de código secreto? Um sinal de que a pessoa não compreendeu a língua materna? Ou talvez seja uma forma de dizer: “Eu sou mais importante do que este momento de respeito?”

Será que as palmas são a nova forma de assobiar? Ou talvez seja uma maneira de dizer: “Eu estou aqui, olhem para mim!"

É intrigante como algo tão simples de entender se torna tão complexo para alguns.

Algumas pessoas parecem ter um relacionamento conturbado com o silêncio. Será que elas acham que as palmas ajudam a afogar o som dos próprios pensamentos? Ou será que elas simplesmente não sabem bater palmas de outra forma?

O minuto de silêncio tornou-se uma espécie de piada interna. Um convite à reflexão que, paradoxalmente, gera mais ruído do que reflexão. As palmas, nesse contexto, são como um grito ensurdecedor no meio de um murmúrio. Será que as pessoas procuram preencher o vazio do silêncio com algo, qualquer coisa? Ou será que a ideia de não fazer nada durante um minuto é assim tão insuportável?

Imagem: https://br.freepik.com/fotos-gratis/retrato-de-homem-dizendo-shush_15857452.htm#fromView=search&page=1&position=36&uuid=f90b7e26-9a37-434d-8f7e-7024e9f6bc5d

A verdadeira felicidade

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A verdadeira felicidade floresce no jardim onde as sementes da bondade são plantadas.

Ser feliz é uma jornada pessoal, um caminho iluminado pela luz suave da empatia e do respeito mútuo. 

Não precisamos apagar a luz dos outros para que a nossa brilhe mais forte.
 
Felicidade é o calor de um abraço que não sufoca, mas antes acolhe; é a palavra de encorajamento que não diminui os outros, mas eleva todos os que a ouvem.