Violência doméstica, um espectro que assombra o lar
Numa casa onde entre as paredes deveriam imperar os sorrisos, o silêncio pesado é cortado apenas pelo som abafado de soluços. A violência doméstica, um espectro que assombra o lar, não escolhe idade, sexo ou classe social. É um ciclo vicioso que aprisiona não só quem a sofre diretamente, mas também aqueles que, embora não sejam o alvo, são igualmente vítimas: as crianças.
Os filhos menores, com olhos que refletem uma maturidade forçada, carregam o peso de segredos demasiado grandes. A violência que testemunham molda o seu mundo, ensinando-lhes lições que nenhuma criança deveria aprender. O medo torna-se um companheiro constante, e a insegurança instala-se no lugar onde deveria haver confiança e proteção.
O impacto é profundo e duradouro. Estas crianças podem crescer com cicatrizes emocionais que afetam a sua capacidade de confiar, de amar e de se relacionar com os outros. A sua educação e desenvolvimento são frequentemente comprometidos, pois a turbulência em casa rouba-lhes a concentração e a paz necessárias para aprender e crescer de forma saudável.
É essencial quebrar o silêncio, intervir e oferecer um refúgio seguro, tanto para as vítimas diretas quanto para estas jovens testemunhas. A violência doméstica é uma sombra que se estende por gerações, mas com coragem e apoio, é possível acender uma luz de esperança e mudança.
A violência doméstica é um dos temas abordados no meu próximo livro, com data de lançamento provável para Julho.
Estejam atentos.
Publicação relacionada com este tema: O livro de Julho